Preservar, respeitar e aprender com a tradição não custa e é uma forma de cuidarmos do nosso património cultural e um processo de identificação com as nossas raízes. Ao conhecermos o nosso passado, sabemos avaliar melhor quem somos no presente e como perspectivar o futuro.

É esta mais-valia que as festas dos Santos Populares nos trazem a todos aqui na Santa Casa. Em cada ano comemoramos os Santos Populares com o rigor que a tradição exige e a alegria que o retorno de um trabalho bem nos proporciona.

Começa cedo a azáfama com os nossos idosos, orientados pela equipa de animação e restantes funcionários que se juntam para este evento.

Durante dias, os utentes dos Lares e Centro de Dia aplicam o seu esforço e saberes na execução de flores de papel, balões e outros enfeites que irão decorar os espaços da festa; o mastro pela sua complexidade decorativa acresce de cuidados especiais. As quadras populares que habitam as memórias de há muito tempo, animam os bem cheirosos vasos de manjericos. Todos sentem que participam e a alma alivia-se das angústias diárias; os olhos ganham o brilho sonhador de outros tempos e o corpo não regateia esforços para mais uma “perninha” de dança.

As nossas cozinheiras desmultiplicam-se na confecção de petiscos tradicionais, e as pataniscas continuam a ter um sucesso ímpar. Comes e bebes recuperam forças e os populares acordeonistas fazem o resto.

É assim todos os anos; um convívio animado e saudável entre a população das valências da Santa Casa e a comunidade sineense.